Hino a Santo Agostinho
(Sequência na Celebração Litúrgica da Solenidade de Santo Agostinho)
De um abismo de escuridão
Brota uma luz resplandecente
Que hoje brilha para o mundo.
Agostinho, aquele que tinha sido
Prisioneiro do erro, é dado
Como uma honra à Igreja.
À chamada divina,
Abraça a fé, e aproxima-se
Da fonte do batismo.
Com eloquência combate,
E nos seus escritos condena
Os seus extravios passados.
Confirma a fé; molda
Os hábitos; a sua palavra
Destrói o erro e o vício.
Emudece Fortunato,
Cedem Manes e Donato
Ao fulgor da sua palavra.
Aquele mundo em decadência,
Ébrio de opiniões vãs
E assolado por heresias,
Fruto abundante começa
A produzir, quando se espalha
A fé, Agostinho, pelo orbe.
Segundo o modelo dos fiéis
De Jerusalém, ajusta
A vida do monacato.
Pois seus irmãos viviam
Em comum, sem nada próprio
Que considerassem seu.
Para salvação do homem,
No tempo de vida
cultivou as virtudes: Morreu ancião,
E repousou com seus pais.
Nada deixou em testamento
Quem nada de seu tinha,
Pois os bens considerava
Comuns com seus irmãos.
Salve, modelo de sábios,
De Cristo luz, voz celeste,
Pregador da vida,
Lucerna dos doutores.
Os que te proclamam Pai,
Tendo-te como guia,
Alcancem a vida eterna
Na glória dos santos.
Ámen.